O CONCEITO
DE
INSTITUIÇÃO
GEORGE LAPASSADE
RENÉ LOURAU
Chaves da sociologia
Capítulo X: Análise Institucional.
SOCIOLOGIA
• A sociologia é a ciência das instituições
(COMTE & SPENCER).
• No momento em que a sociedade começa
a falar de suas instituições, pode-se dizer
que aparece a sociologia.
• Estado: penhor jurídico e material das
instituições, ou seja, ele dá garantia,
segurança e prova das instituições.
INSTITUIÇÃO
• Durante milênios, na China, no Ocidente,
esta expressão tem sido privilégio do
funcionário, do jurista, do filósofo, do
teólogo.
• Revolução Francesa: as massas tomam a
expressão referindo-se às instituições.
• Ação instituinte das massas contra a
ordem instituída...
DEFINIÇÕES CLÁSSICAS
• Filosofia do Direito: após a Revolução
Francesa tenta reconstituir seu conteúdo
metafísico e transitório de INVARIANTE
SOCIAL, transcendente à iniciativa
humana.
• Definição positivista e conservadora dos
primeiros sociólogos: Comte, Maistre,
Bonald,
Spencer,
Pareto,
Weber,
Durkheim, Fauconnet, Mauss...
• Grande Enciclopédia: “São sociais todas
as maneiras de agir e de pensar que o
indivíduo encontra preestabelecidas e cuja
a transmissão se faz no mais das vezes
pela via da educação” (FAUCONNET &
MAUSS).
• A instituição se manifesta através dos
comportamentos
e
modos
de
pensamento;
• Esses comportamentos e modos de
pensar são coletivos e heranças do
passado;
• Essa herança de padrões culturais é um
dos efeitos da educação;
• A instituição é o passado, um governo dos
mortos sobre os vivos;
• A coerção social é indispensável para a
sobrevivência das instituições; a “força
nua” (WEBER);
• Consciência coletiva; representações
coletivas;
• Violência simbólica e policial.
DEFINIÇÕES NOVAS
•
•
•
•
Rousseau;
Revolução Francesa;
Anarquistas do movimento operário;
A
instituição
se
manifesta
pela
organização das relações de produção;
• A instituição de padrões culturais não é
um dos efeitos da educação e sim da luta
de classes;
• Relatividade das instituições no tempo e
no espaço;
• Relações com os sistemas culturais e com
os modo de produção econômica;
• Contribuição da ANTROPOLOGIA: os
estudos de Malinowski dão ênfase ao
SUBSTRATO MATERIAL das instituições,
com seu instrumental, equipamento,
tecnologia, ecologia etc., e o uso que a
coletividade faz deste substrato material;
• Karl Marx: crítica à Filosofia do Direito de
Hegel;
• Para Marx as instituições, assim como a
ideologia, são partes integrantes das
superestruturas, ou seja, o complexo das
ideologias religiosas, filosóficas, jurídicas
e políticas de determinada classe social,
dominante numa sociedade;
• Dialética: a superestrutura atua sobre a
base material e esta atua sobre a
superestrutura;
• As instituições são atravessadas tento
pelo econômico como pelo político e
ideológico.
• Não se pode separar, na análise social e
na luta social, o econômico do político.
• A instituição não pode ser assimilada
apenas no plano do instituído. Neste
sentido ela ficaria privada do dinamismo
do instituinte.
• Haveria uma força resultante destas
forças contraditórias formando um signo?
Uma instituição?
• INSTITUINTE
SÍNTESE?
• INSTITUÍDO
• FORMAS SOCIAIS
INSTITUCIONALIZADAS
• INSTITUINTE: é a unidade de força
negativa das formas sociais; ela é
esquecida, estigmatizada, considerada um
“desvio padrão”;
• INSTITUÍDO: unidade de força positiva
das formas sociais; prevalece nas
análises
sociais
produzindo
um
positivismo cego.
• INSTITUIÇÃO:
ordem
estabelecida;
sociedade disciplinar; uma ação policial.
CONCLUSÃO
• Com
os
seus
momentos
dialéticos:
instituído, instituinte e “síntese inacabada”
(SARTRE),
o
conceito
de
instituição
inscreve-se como instrumento de análise das
formações
sociais.
e
contradições
psíquicas
e
REFERÊNCIAS
• LAPASSADE, Georges; LOURAU, René.
Chaves da sociologia. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1972. Capítulo X: Análise
Institucional.
• WIKIPÉDIA. Disponível em:
http://www.wikipedia.org/. Acesso em: 10 out.
2007.