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IV – São Paulo, 127 (13)
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I
O
setor de aves da Fundação Parque
Zoológico de São Paulo comemora, neste verão, a visita de uma
ave que não está exposta em recinto algum do parque: a cegonha.
Filhotes de diversas espécies têm
nascido nos últimos dias, entre
os quais araras-da-bolívia, grou-coroado-cinza, flamingo-chileno,
cisne-preto, cisne-de-pescoço-preto e pavão-azul. Os recém-nascidos estão movimentando o berçário do setor, entre cuidados especiais, horários de refeições, banhos
de sol, passeios e aulas de natação.
Parque comemora
o nascimento de seu
primeiro filhote de
flamingo-chileno e
também de algumas
espécies ameaçadas de
extinção
O flamingo-chileno Frederico
foi um dos primeiros filhotes da
temporada. Sua chegada, em 9 de
dezembro, foi muito comemorada,
pois ele é o primeiro flamingo nascido no zoo de São Paulo. O ineditismo de sua vinda trouxe também
alguns desafios à rotina dos profissionais. A dieta, por exemplo, consiste numa papa à base de camarão,
tilápia, gema de ovo, azeite e probióticos. Seu bico encurvado para
baixo também exigiu destreza dos
profissionais que o alimentam.
Embora o zoológico trabalhe
com flamingos há 40 anos, a reprodução da espécie somente passou
a ser uma possibilidade no local
quando chegaram, em 2011, aproximadamente 150 animais provenientes de um criadouro que havia
sido fechado. Com a chegada das
aves, a expectativa era de novos
acasalamentos, o que não aconteceu. Os flamingos levaram muito
tempo para se acostumar à nova
casa. Apesar do empenho dos profissionais para entender os hábitos
das aves e para adaptar o recinto
em que ficavam, elas pareciam não
Araras-da-bolívia
FOTOS: GENIVALDO CARVALHO
Zoológico de São Paulo apresenta
aos visitantes novos filhotes de aves
No zoo, filhotes de
cisnes-de-pescoço-preto
praticam natação várias
vezes por dia
Frederico (flamingo-chileno)
Fernanda (bióloga) do setor de aves
Lila (grou-coroado-cinza)
reconhecer o local como seguro para a construção dos ninhos.
A bióloga Fernanda Guida, responsável
pelo setor de aves, explica como a equipe
entendeu a dinâmica reprodutiva da espécie:
“A princípio, construímos um ninhal numa
área em que achávamos propícia, mas eles
não gostaram. Fizemos, então, um lameiro
(matéria-prima para os ninhos de flamingos), mas também não obtivemos sucesso.
Colocamos água, areia, terra. Começávamos
a construir os ninhos, mas eles não continuavam. Até que percebemos que tinham problemas com o sol muito forte, ao mesmo tempo
em que identificamos um cantinho em especial no recinto, que era preferido por eles”.
Segurança – Fernanda ressalta que
a chegada dos 150 novos flamingos, há seis
anos, foi decisiva para a reprodução, já que
a espécie aprecia viver em grandes grupos e
necessita desse ambiente para ter o estímulo reprodutivo. Por essa razão, segundo ela,
alguns zoológicos e criadouros chegam a utilizar jogos de espelhos para simular a existência de outras aves.
A bióloga informa que, atualmente,
há outros casais de flamingos pondo ovos
no zoo. Dois desses ovos foram retirados
do recinto e estão sendo encubados artificialmente. Além de evitar a predação por
outras aves que sobrevoam o local, a ação
estimulará outra postura de ovos ainda
nesta estação reprodutiva.
Pavão-azul (um mês de vida)
No caso da dupla de filhotes de araras-da-bolívia, a retirada dos ovos foi uma
questão de vida ou morte. Isso, porque o pai
mostrou-se extremamente agressivo com a
prole, o que dificultou muito o trabalho da
fêmea, que não podia se afastar do ninho
para buscar comida. A bióloga explica que,
normalmente, é o macho quem auxilia nessa
tarefa, levando o alimento até a mãe, para
que ela o regurgite no bico dos filhotes.
A espécie, ameaçada de extinção, ocorre apenas na Bolívia. Vários criadores no
Brasil, segundo Fernanda, têm essas aves
reproduzidas aqui, mas a fêmea do zoológico
de São Paulo é um exemplar muito importante, pois veio da Bolívia há muitos anos.
O macho, por sua vez, nasceu no Brasil, em
outro zoológico.
“Além de bonitas, as araras são aves
muito sociáveis, dóceis e brincalhonas.
Gostam de contato, interagem muito entre
si e com o ser humano, por isso são alvos do
tráfico, um dos motivos da situação de extinção em que se encontram”, explica a bióloga
Regiane Paiva. Ela informa que a arara-da-bolívia é de pequeno porte, pesa no máximo 600 gramas quando adulta, enquanto
outras espécies, como a arara-azul, nativa do
Pantanal, pode chegar a 1,5 quilo.
Natação/caminhada – Lila, um
filhote de grou-coroado-cinza, é outro sucesso da temporada. Sua espécie também está
ameaçada de extinção. Mas felizmente o
Regiane com Sirius (filhote de cisne-preto)
casal reprodutor do zoológico faz postura todos os anos e já deu origem a 14 filhotes. Quando estiver maior, Lila vai integrar
o grupo de animais do Zoo Safári. Por essa
razão, ela está passando por um programa
diário de condicionamento, que inclui caminhadas para aprender a interagir com humanos e a não ter medo de carros nem de outros
animais.
Gerado a partir de um ovo abandonado
no recinto, Sirius, um filhote de cisne-preto,
espera sozinho o momento de se juntar aos
outros animais de sua espécie no zoológico.
Ele e os dois filhotes de cisnes-de-pescoçopreto praticam natação várias vezes por dia
num tanque do solário. Os filhotes de groucoroado-cinza e de flamingo-chileno também
participam da atividade. “A natação, além de
fortalecer os músculos e firmar as pernas dos
cisnes, é muito importante para estimular a
alimentação, pois eles filtram o alimento na
água”, ensina a bióloga Regiane. No mesmo
ambiente está também um filhote de pavãoazul, com um mês de vida.
Ao nascer, cada filhote recebe uma ficha,
onde sua vida é registrada diariamente. Tipo
de dieta, horário das refeições, resultado da
pesagem diária, evolução e crescimento –
tudo é anotado para avaliação e posterior
comparação e acompanhamento de futuros
filhotes.
Roseane Barreiros
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Bloco de carnaval faz performance na Estação da Luz
Um flash mob organizado pelos
integrantes do bloco de Carnaval
Balatubloco vai animar a tarde dos usuários da Estação da Luz, da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM). O evento ocorre nesta terçafeira, 24, no saguão principal (linhas
7-Rubi e 11-Coral), às 16h30. O esquenta abre as comemorações de 25 anos da
CPTM e homenageia a cidade de São
Paulo um dia antes da comemoração do
seu aniversário de 463 anos.
Cerca de 30 percussionistas, incluindo universitários da capital e de outros
Estados, como Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Paraná, Goiânia e Brasília, farão
performance de aproximadamente 20
minutos, surpreendendo os usuários
que estiverem passando pela centenária
estação.
A batucada começará no interior da
estação e terminará na calçada, em frente
à entrada principal. O mestre de bateria
do Balatubloco, Daniel Mendonça, adianta que o flash mob será pura percussão,
contagiando o público com os conhecidos
bracks, as paradinhas ritmadas das escolas de samba.
O Balatubloco também participa da
Pholia na Luz, nos dias 18 e 19 de feverei-
ro. O evento reúne baterias universitárias
de diversas faculdades e é considerado o
pré--carnaval oficial de São Paulo. Neste
ano, a meta é alcançar a marca de 10 mil
foliões, que poderão curtir 14 blocos no
final de semana que antecede a festa do
Rei Momo.
Imprensa – Oficial – Conteúdo Editorial
Assessoria de Imprensa da CPTM
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017 às 01:06:01.